Iron Maiden - The Final Frontier Review
Por Costábile SS Jr.
Se você pensava que só o Metallica seria capaz de chegar ao fundo poço é porque você não deve ter ouvido o novo do Iron Maiden. Sim, Steve Harris & Cia tiveram a capacidade de fazer o seu St. Anger. E olha que St. Anger até tem coisas aproveitáveis já The Final Frontier... são raros os momentos de prazer.
St. Anger representou uma transição de uma fase conturbada do Metallica que, anos mais tarde, resultou no excelente Death Magentic. Quanto ao novo disco da Donzela de Ferro, podemos dizer que é uma conseqüência de A Matter Of Life And Death. O sexteto inglês não passou por constantes crises internas, viajou por diversos paises, lançou CD ao vivo, lucrou milhões de libras, ou seja, deveriam estar tinindo para produzir um disco fabuloso. Porém, não é isso o que aconteceu.
The Final Frontier é um disco longo, difícil de ser "digerido", progressivo e um tanto fora dos padrões atuais. É bem certo que o Iron Maiden tem todo o respaldo e direito de fazer o que bem der na telha, mas apostar em ir contra a maré, desta vez, foi um tiro no escuro, que não deu muito certo. Ou melhor, não deu muito certo musicalmente, mas em relação à vendas, curiosamente, este registro fonográfico é um dos discos mais vendidos em toda a Europa.
A primeira musica é praticamente divida em três partes. Uma introdução que não leva nada a lugar nenhum, depois vem um breve monólogo do vocalista Bruce Dickinson até o desenrolar nas guitarras em uma pegada bem do Metal tradicional. Para abertura, até que é belo um convite, mas já não empolga como deveria.
El Eldorado, música que vazou na internet antes do lançamento do disco, segue a mesma linha tradicional. O refrão é pegajoso, a sonoridade é bem característica do Maiden, mas, na verdade, a única coisa que presta mesmo são os solos de guitarra, porque, de resto, da vontade de apertar para a próxima.
Mother of Mercy também começa com um monólogo orquestrado de Bruce. A idéia é interessante, quando a bateria entra a música cresce até cair num refrão batido e igualzinho à outras faixas da Donzela de Ferro. Novamente, os solos de guitarra roubam a cena em uma composição que parece uma reinvenção do que o Iron Maiden já fez em discos anteriores. Com certeza estará no repertório da próxima turnê.
Coming Home começa com uma levada meio prog, mas logo se torna uma semi-balada forte, cheia de feeling. Porém, sem sal. Na seguinte, The Alchemist, pelo menos podemos ter um suspiro do que os fãs gostariam de ouvir do arrebatador Iron Maiden. Novamente, Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers se sobressaem.
Isle Of Avalon começa praticamente igual as outras faixas. Uma abertura misteriosa, que se prolonga com mais uma "choradeira" de Bruce até que a banda resolve aparecer e se reinventar mais uma vez. A única parte interessante são os solos. Passe longe! São 9 intendiantes minutos.
Starblind se arrasta, rasteja e morre na praia afogada por uma marolinha. Passe ou perca 8 minutos do seu precioso tempo! Espero que nunca figure ao vivo, se tocarem, será a deixa para ir pegar a cerveja.
The Talisman começa com um belo dedilhado, um vocal intimista até explodir nos falantes. Nessa composição, finalmente, podemos ouvir o saudoso Iron Maiden. Disparada, a melhor do disco. Riffs fortes, baixo pulsante de Steve Harris, bateria rápida Nicko McBrain e um vocal pra cima.
The Man who would be King é uma das músicas mais sem sentido do disco. Não tem pé, nem cabeça. Chega a ser uma afronta aos ouvidos sendo até a temática interessante. Assim como todas as outras faixas, inicio bem devagar com Bruce cantando, ai a banda entra para acompanhar a melodia vocal até cair num solo frenético, que, infelizmente, fica escondido por trás de uma massaroca musical.
When the Wild Wind Blows é OUTRA que começa lenta com Bruce e a guitarra acompanhando a melodia vocal. Em certos momentos chega até lembrar Blood Brothers, ou seja, nada de novo. É outra que se arrasta até o fim.
Portanto, se você é fã não julgue pela primeira audição, você vai estranhar mesmo todas as músicas sendo muito parecidas com o que o Iron Maiden já criou em trabalhos anteriores. Na verdade, The Final Frontier vale a pena apenas pelos solos de guitarra, porque o resto é tenebroso. Até mesmo o Steve Harris está escondido. Bruce e Nicko foram os mesmos de sempre e não comprometeram. Destaque para Adrian Smith que, apesar da idade, consegue soltar como se fosse um jovem cheio de criatividade e vigor. Que saudade do ventos do Brave New World (avaliando apenas pela nova fase)...
Fonte: The Ultimate Press
Por Costábile SS Jr.
Se você pensava que só o Metallica seria capaz de chegar ao fundo poço é porque você não deve ter ouvido o novo do Iron Maiden. Sim, Steve Harris & Cia tiveram a capacidade de fazer o seu St. Anger. E olha que St. Anger até tem coisas aproveitáveis já The Final Frontier... são raros os momentos de prazer.
St. Anger representou uma transição de uma fase conturbada do Metallica que, anos mais tarde, resultou no excelente Death Magentic. Quanto ao novo disco da Donzela de Ferro, podemos dizer que é uma conseqüência de A Matter Of Life And Death. O sexteto inglês não passou por constantes crises internas, viajou por diversos paises, lançou CD ao vivo, lucrou milhões de libras, ou seja, deveriam estar tinindo para produzir um disco fabuloso. Porém, não é isso o que aconteceu.
The Final Frontier é um disco longo, difícil de ser "digerido", progressivo e um tanto fora dos padrões atuais. É bem certo que o Iron Maiden tem todo o respaldo e direito de fazer o que bem der na telha, mas apostar em ir contra a maré, desta vez, foi um tiro no escuro, que não deu muito certo. Ou melhor, não deu muito certo musicalmente, mas em relação à vendas, curiosamente, este registro fonográfico é um dos discos mais vendidos em toda a Europa.
A primeira musica é praticamente divida em três partes. Uma introdução que não leva nada a lugar nenhum, depois vem um breve monólogo do vocalista Bruce Dickinson até o desenrolar nas guitarras em uma pegada bem do Metal tradicional. Para abertura, até que é belo um convite, mas já não empolga como deveria.
El Eldorado, música que vazou na internet antes do lançamento do disco, segue a mesma linha tradicional. O refrão é pegajoso, a sonoridade é bem característica do Maiden, mas, na verdade, a única coisa que presta mesmo são os solos de guitarra, porque, de resto, da vontade de apertar para a próxima.
Mother of Mercy também começa com um monólogo orquestrado de Bruce. A idéia é interessante, quando a bateria entra a música cresce até cair num refrão batido e igualzinho à outras faixas da Donzela de Ferro. Novamente, os solos de guitarra roubam a cena em uma composição que parece uma reinvenção do que o Iron Maiden já fez em discos anteriores. Com certeza estará no repertório da próxima turnê.
Coming Home começa com uma levada meio prog, mas logo se torna uma semi-balada forte, cheia de feeling. Porém, sem sal. Na seguinte, The Alchemist, pelo menos podemos ter um suspiro do que os fãs gostariam de ouvir do arrebatador Iron Maiden. Novamente, Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers se sobressaem.
Isle Of Avalon começa praticamente igual as outras faixas. Uma abertura misteriosa, que se prolonga com mais uma "choradeira" de Bruce até que a banda resolve aparecer e se reinventar mais uma vez. A única parte interessante são os solos. Passe longe! São 9 intendiantes minutos.
Starblind se arrasta, rasteja e morre na praia afogada por uma marolinha. Passe ou perca 8 minutos do seu precioso tempo! Espero que nunca figure ao vivo, se tocarem, será a deixa para ir pegar a cerveja.
The Talisman começa com um belo dedilhado, um vocal intimista até explodir nos falantes. Nessa composição, finalmente, podemos ouvir o saudoso Iron Maiden. Disparada, a melhor do disco. Riffs fortes, baixo pulsante de Steve Harris, bateria rápida Nicko McBrain e um vocal pra cima.
The Man who would be King é uma das músicas mais sem sentido do disco. Não tem pé, nem cabeça. Chega a ser uma afronta aos ouvidos sendo até a temática interessante. Assim como todas as outras faixas, inicio bem devagar com Bruce cantando, ai a banda entra para acompanhar a melodia vocal até cair num solo frenético, que, infelizmente, fica escondido por trás de uma massaroca musical.
When the Wild Wind Blows é OUTRA que começa lenta com Bruce e a guitarra acompanhando a melodia vocal. Em certos momentos chega até lembrar Blood Brothers, ou seja, nada de novo. É outra que se arrasta até o fim.
Portanto, se você é fã não julgue pela primeira audição, você vai estranhar mesmo todas as músicas sendo muito parecidas com o que o Iron Maiden já criou em trabalhos anteriores. Na verdade, The Final Frontier vale a pena apenas pelos solos de guitarra, porque o resto é tenebroso. Até mesmo o Steve Harris está escondido. Bruce e Nicko foram os mesmos de sempre e não comprometeram. Destaque para Adrian Smith que, apesar da idade, consegue soltar como se fosse um jovem cheio de criatividade e vigor. Que saudade do ventos do Brave New World (avaliando apenas pela nova fase)...
Fonte: The Ultimate Press
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