Angra apresenta novo álbum à Imprensa
Por Costábile Salzano Jr.
Desde que os integrantes do Angra anunciaram que estavam trabalhando em um novo registro fonográfico, tanto os fãs como a mídia especializada ficaram curiosos pelo que o quinteto poderia estar preparando. Afinal, mesmo após tanto tempo parados e dando sinais de vida em uma turnê com o Sepultura, os caras, por toda a sua história, são uma das principais bandas do Metal nacional.
“Aqua”, disco conceitual baseado em “A Tempestade”, considerada a última obra do escritor inglês William Shakespeare, foi apresentado exclusivamente à seletos jornalistas, na última quarta-feira, dia 11, no Norcal Studio, em São Paulo.
Confesso que fui à listening session deste sétimo lançamento com um pé atrás. Na verdade, não apenas eu, mas os outros colegas de imprensa que compareceram ao evento também. O motivo: “Aurora Consurgens” não foi tão empolgante como esperado. No entanto, desta vez, parecem que eles acertaram a mão. O álbum, produzido pelo próprios músicos, felizmente, logo na primeira música foi capaz de dar uma bela rasteira naquela pulguinha atrás da orelha.
Arising Thunder é uma composição que traz aquele tradicional virtuosismo dos músicos, as passagens rápidas, virtuosas do metal melódico, além das características que marcam e representam bem a identidade sonora da banda. Naquele momento, podíamos perceber que este novo trabalho estaria a nos reservar algumas surpresas.
Awake from Darkness segue o mesmo estilo forte, pesado, direto e sem muitas firulas, mas é bem diferente da música inicial principalmente pelas tradicionais batidas brazucas. A surpresa fica por um vocal mais grave de Edu Falaschi.
The Rage of Waters lembra bem a época do álbum Rebirth com uma pegada de metal tradicional e pitadas modernas. O destaque fica para a excelência musical do baixista Felipe Andreolli e a dupla de guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt. Os três dão um show à parte. Não podemos nos esquecer que Ricardo Confessori não ficou para trás e ditou o ritmo para uma das melhores músicas do disco.
Hollow é bem pesada começa com uma pegada Thrash, mas não demora muito para cair no metal melódico. Interessante que algumas passagens lembram as partes mais virtuosas do Opeth, ou seja, o resultado é um belo trabalho nas guitarras e seus arranjos.
Weakness of a Man resgata os elementos étnicos dando uma repaginada a sonoridade do grupo, sem contar as batidas quebradas com guitarras que flertam com o rock progressivo. Apesar das diversidades, é perceptível que as composições se encaixam musicalmente seguindo uma direção evolutiva. The Rage of the Waters” tem uma levada de metal tradicional. A volta do baterista Ricardo Confessori deu um toque mais simples e rústicos às músicas. Aquela correria de bumbos duplos e batidas quase super sônicas estão totalmente descartadas desse trabalho.
Lease of Life, Spirit of the Air e Monster in her Eyes são três belas baladas com uma tendência bem pop, mas que devido aos seus belos arranjos não caem tanto no popularesco. Pode ate soar estranho, mas as músicas que mais chamam a atenção neste disco são as mais cadenciadas, as quais a interpretação do vocalista Edu Falaschi chegam até se sobressair. Porém, é claro, e fica evidentemente audível que se não fosse a maestria dos outros músicos não teríamos um interessante material.
Ashes, música que finaliza o disco, na minha opinião, é a melhor de todas. Nesta faixa, os músicos conseguem englobar todas as concepções desta obra. Tem partes melódicas, cadenciadas, um crescendo envolvente que encaminha o ouvinte para um final épico.
"Aqua" tem em sua maioria as baladas. No entanto, esse detalhe não desmerece em nada este trabalho. Na verdade, essa questão mostra uma tendência audaciosa, sem medo, criativa que, de uma forma ou de outra, foi fundamental para o retorno da marca registrada do grupo, a sonoridade tipicamente brasileira. Nem sempre peso é sinal de qualidade.
Fonte: The Ultimate Press
Por Costábile Salzano Jr.
Desde que os integrantes do Angra anunciaram que estavam trabalhando em um novo registro fonográfico, tanto os fãs como a mídia especializada ficaram curiosos pelo que o quinteto poderia estar preparando. Afinal, mesmo após tanto tempo parados e dando sinais de vida em uma turnê com o Sepultura, os caras, por toda a sua história, são uma das principais bandas do Metal nacional.
“Aqua”, disco conceitual baseado em “A Tempestade”, considerada a última obra do escritor inglês William Shakespeare, foi apresentado exclusivamente à seletos jornalistas, na última quarta-feira, dia 11, no Norcal Studio, em São Paulo.
Confesso que fui à listening session deste sétimo lançamento com um pé atrás. Na verdade, não apenas eu, mas os outros colegas de imprensa que compareceram ao evento também. O motivo: “Aurora Consurgens” não foi tão empolgante como esperado. No entanto, desta vez, parecem que eles acertaram a mão. O álbum, produzido pelo próprios músicos, felizmente, logo na primeira música foi capaz de dar uma bela rasteira naquela pulguinha atrás da orelha.
Arising Thunder é uma composição que traz aquele tradicional virtuosismo dos músicos, as passagens rápidas, virtuosas do metal melódico, além das características que marcam e representam bem a identidade sonora da banda. Naquele momento, podíamos perceber que este novo trabalho estaria a nos reservar algumas surpresas.
Awake from Darkness segue o mesmo estilo forte, pesado, direto e sem muitas firulas, mas é bem diferente da música inicial principalmente pelas tradicionais batidas brazucas. A surpresa fica por um vocal mais grave de Edu Falaschi.
The Rage of Waters lembra bem a época do álbum Rebirth com uma pegada de metal tradicional e pitadas modernas. O destaque fica para a excelência musical do baixista Felipe Andreolli e a dupla de guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt. Os três dão um show à parte. Não podemos nos esquecer que Ricardo Confessori não ficou para trás e ditou o ritmo para uma das melhores músicas do disco.
Hollow é bem pesada começa com uma pegada Thrash, mas não demora muito para cair no metal melódico. Interessante que algumas passagens lembram as partes mais virtuosas do Opeth, ou seja, o resultado é um belo trabalho nas guitarras e seus arranjos.
Weakness of a Man resgata os elementos étnicos dando uma repaginada a sonoridade do grupo, sem contar as batidas quebradas com guitarras que flertam com o rock progressivo. Apesar das diversidades, é perceptível que as composições se encaixam musicalmente seguindo uma direção evolutiva. The Rage of the Waters” tem uma levada de metal tradicional. A volta do baterista Ricardo Confessori deu um toque mais simples e rústicos às músicas. Aquela correria de bumbos duplos e batidas quase super sônicas estão totalmente descartadas desse trabalho.
Lease of Life, Spirit of the Air e Monster in her Eyes são três belas baladas com uma tendência bem pop, mas que devido aos seus belos arranjos não caem tanto no popularesco. Pode ate soar estranho, mas as músicas que mais chamam a atenção neste disco são as mais cadenciadas, as quais a interpretação do vocalista Edu Falaschi chegam até se sobressair. Porém, é claro, e fica evidentemente audível que se não fosse a maestria dos outros músicos não teríamos um interessante material.
Ashes, música que finaliza o disco, na minha opinião, é a melhor de todas. Nesta faixa, os músicos conseguem englobar todas as concepções desta obra. Tem partes melódicas, cadenciadas, um crescendo envolvente que encaminha o ouvinte para um final épico.
"Aqua" tem em sua maioria as baladas. No entanto, esse detalhe não desmerece em nada este trabalho. Na verdade, essa questão mostra uma tendência audaciosa, sem medo, criativa que, de uma forma ou de outra, foi fundamental para o retorno da marca registrada do grupo, a sonoridade tipicamente brasileira. Nem sempre peso é sinal de qualidade.
Fonte: The Ultimate Press
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